sábado, 29 de dezembro de 2007

Aviso as sóbrios navegantes

Um bom jeito de escrever um história de despedida é falando sobre o tempo. Mas a vida acaba sendo uma sucessão tão grande de cliches vistos em filmes que fica dificil não começar com algo do tipo "o tempo destroi tudo" ou "era uma noite fria". Mas, infelizmente, o tempo é realmente um bastardo destrutivo. E a noite não estava fria, pois era um maldito dia de verão.

E é aqui que começo meu pequeno livreto de memórias que não tenho mais. Sou conhecido por esquecer-me de absolutamente todas as coisas uteis que possam ser utilizadas para algo relevante. Idéias originais? Não espere nada disso. Até porque isto aqui faz parte do clichê "é absolutamente algo apenas para eu ler ( que compartilharei de forma confidente com vocês" e não sobre "algo que foi deixado em minha porta a dez anos atrás".

Não espere coerencia alguma. Nem linha temporal. Quando não se tem uma memória muito acurada, as idéias e eventos apenas vem e vão. você passa a se esquecer se aquela cicatriz realmente foi ganha quando se tinha 5 ou 6 anos. Se aquele maravilhoso passeio falando sobre o tempo (ele novamente!) aconteceu quando nos conhecíamos ou depois que terminamos. São clarões temporais. Rostos apagados com uma borracha. Cores berrantes para preencher o fundo. E uma música onírica para dar a sensação de embriaguês perpétua das lembranças.

2 comentários:

Pedro Nunes disse...

Memória de peixe, rapaz. É uma merda. As informações (as poucas que ficam) são mescladas e as coisas parecem ter acontecido todas ao mesmo tempo.

Pelo menos isso te traz a boa capacidade de se divertir com a mesma coisa várias vezes como se fosse a primeira.

- Nemo? Que nome legal!

Carlota Polar disse...
Este comentário foi removido pelo autor.