segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

A vida é uma coisa maravilhosa. Sem emprego, sua unica preocupação é em sobreviver a cada dia maçante escrito por doses de cerveja e horas inertes na frente de um computador. A nova linguagem do tédio fala sobre comunidades onde posso encontrar coisas maravilhosas. A solidão passa a ser uma virtude tão imensa quanto uma viajem à Tailândia, justificada com fotos alteradas com todo o cuidado que uma fantasia pode manipular.

Você olha para os lados. Todos estão sempre indo. Um passo a frente da minha morbidez silenciosa. Eles produzem. Trabalham. Crescem. Seus carros novos são as testemunhas de aço de que estou acabado. Nunca precisei de um destes até que a primeira garota precisou de uma carona. Para isso foram criados os carros: apenas mais uma ferramenta fálica e arredondada para penetrar nas sinuosas curvas do prazer.

Nosso mundo cada vez mais liberal permite alegorias sexuais sobre mulheres dirigindo felizes seus modelos compactos enquanto atendem seus telefones coloridos. Ela olha para o lado e sorri. Seus olhos são duas lentes anti-reflexivas que fitam o horizonte, deixando-me perdido ao perceber que não posso encontrar sinceridade em janelas que não vejo. Uma música popular cantada por um grupo que não conheço faz-se ouvir. Estamos parados em um engarrafamento. A moça simpatica do compacto vermelho olha-se displicente no retrovisor. A musica cala, o telefone é atendido, um vidro se fecha e volto a minha perdida tarde.

2 comentários:

Rayan Daire disse...

E aí Éric... Legal o seu blog... é sua cara...

De repente vc poderia migrar para o www.greatestjournal.com ??

em todo caso me procura lá:

http://athenodoros.greatestjournal.com

Unknown disse...

o prazer das ruas largar da cidade sinuosa acaba a revelar muito mais que farois e curvas.

bom blog.

inté
=)